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quinta-feira, 8 de maio de 2014

In Memoriam Jair Rodrigues Nascimento: 6 de fevereiro de 1939 (75 anos) Morre Hoje 08 de Maio 2014

                          Birth: February 6, 1939 (75 years) dies today 08 may 2014                                                                                                        
O músico estava em sua casa, em Cotia, no interior de São Paulo e a causa da morte de infarto agudo do miocárdio                                                                                                                 Jair Rodrigues de Oliveira, paulista de Igarapava, nascido aos 06 de Fevereiro de 1939, iniciou sua carreira em 1957, atuando como crooner em casas noturnas do interior de São Paulo.
A partir de 1960, passou a cantar na capital paulista, participando de programas de calouros, entre os quais o “Programa de Cláudio de Luna” (Rádio Cultura), no qual obteve a primeira colocação.
Prêmio Tim, 2006 (foto de Leonardo Aversa, Agência O Globo)
Gravou seu primeiro disco (78 rpm) em 1962, com duas músicas para a Copa do Mundo do mesmo ano: “Brasil sensacional” e “Marechal da vitória”, essa última muito executada pela Rádio Record. Lançou em seguida um compacto simples contendo as canções “Balada do homem sem Deus” (Fernando César e Agostinho dos Santos) e “Coincidência” (Venâncio e Corumba).
Seus primeiros LPs foram “Vou de samba com você” e “O samba como ele é”, lançados em 1964. Nessa época, atingiu grande popularidade com sua interpretação da música “Deixa isso pra lá” (Alberto Paz e Edson Meneses), marcada pela gesticulação que fazia com a palma da mão. Essa canção, considerada precursora do rap brasileiro por seu refrão “falado”, foi regravada em 1999 com a participação do grupo paulistano de rap Camorra. 
Jair Rodrigues e família no programa Altas Horas
Em 1965, substituiu Baden Powell no show realizado no Teatro Paramount, em São Paulo. Foi nesta ocasião que cantou pela primeira vez ao lado daquela que seria sua parceira, a estreante Elis Regina, com quem lançou em seguida o LP “Dois na bossa”, gravado ao vivo. Devido ao enorme sucesso alcançado pelo disco, formou com a jovem cantora a dupla Jair e Elis, no comando do programa “O fino da bossa”, produzido pela TV Record (SP), que teve estréia dia 19 de maio de 1965, marcando definitivamente seu lugar entre as grandes estrelas da MPB.
Nesse ano, registrou um de seus grandes sucessos, “Tristeza” (Niltinho e Haroldo Lobo). A música, gravada anteriormente por Ari Cordovil, obteve grande destaque no carnaval de 1966 na voz do cantor.   
              


                                     Jair Rodrigues e Nara Leão                                                  Em 1966, gravou o LP “O sorriso do Jair”. Participou, nesse ano, do II Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), defendendo a canção “Disparada” (Geraldo Vandré e Teo de Barros), dividindo o primeiro lugar com “A banda” (Chico Buarque), defendida por Nara Leão. Ao lado de Elis lançou mais dois volumes da série “Dois na bossa”, em 1966 e 1967, ano em que gravou o LP “Jair”.
Em 1968, participou do IV Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), obtendo a terceira colocação do júri popular com a música “A família” (Chico Anysio e Ari Toledo). Também nesse ano, participou da Bienal do Samba (TV Record), em São Paulo, com “O que dá pra rir, dá pra chorar” (Billy Blanco), classificada em quinto lugar no evento vencido por Elis Regina com “Lapinha” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro).     Ainda em 1968, lançou o LP “Menino rei da alegria”.                                                                                                                                                                    Disparada,                                                             um dos momentos inesquecíveis da era dos festivais

No ano seguinte, fez o show de entrega dos prêmios Golfinhos de Ouro e Troféus Estácio de Sá, do Museu da Imagem e do Som, na Sala Cecília Meireles, quando atuou ao lado de Clementina de Jesus. Também em 1969, lançou os LPs “Jair de todos os sambas” e “Jair de todos os sambas nº2″.
Sua popularidade não se restringiu somente ao Brasil, tendo-se apresentado com freqüência no exterior, em países como Portugal, Alemanha, França, Suíça, Itália, Estados Unidos e Japão. Apresentou-se com Elis Regina e o Zimbo Trio no Cassino Estoril, em Portugal, no Teatro Famoso, na Argentina, e no Cine Ávis, em Angola, entre outros espaços.
Em 1970. Gravou o LP “Talento e bossa de Jair Rodrigues”
                                                                                                                                                         Outubro de 1966: Jair Rodrigues canta Disparada, de autoria de Geraldo Vandré e Theo de Barros, na finalíssima do Festival de Música Popular da Record, realizado no Teatro Record, na Rua da Consolação, região central da capital paulista                                 

No ano seguinte, apresentou-se, ao lado do grupo Os Originais do Samba, no Midem, em Cannes, e lançou o LP “É isso aí”. Ainda em 1971, gravou o LP “Festa para um rei negro”, contendo o samba-enredo homônimo da escola de samba carioca Acadêmicos do Salgueiro, do compositor Zuzuca (Adil de Paula), um de seus grandes sucessos e um dos mais conhecidos refrões da história do carnaval brasileiro: “Ô lê lê, ô lá lá/ pega no ganzê/ pega no ganzá”. Ainda nos anos 1970, gravou os LPs “Com a corda toda” (1972), “Orgulho de um sambista” (1973), “Abra um sorriso novamente” (1974), “Jair Rodrigues dez anos depois” (1974), “Ao vivo no Olympia de Paris” (1975), “Eu sou o samba” ( 1975), “Minha hora e vez” (1976), “Estou com o samba e não abro” (1977), “Pisei chão” (1978), “Antologia da seresta” (1979) e “Couro comendo” (1979). Na década de 1980, lançou os LPs “Estou lhe devendo um sorriso” (1980), “Antologia da seresta nº 2″ (1981), “Alegria de um povo” (1981), “Jair Rodrigues de Oliveira” (1982), “Carinhoso” (1983), “Luzes do prazer” (1984), “Jair Rodrigues” (1985) e “Jair Rodrigues” (1988).
Nos anos 1990, gravou o LP “Lamento sertanejo” (1991) e os CDs “Viva meu samba” (1994), “Eu sou… Jair Rodrigues” (1996), “De todas as bossas” (1998) e “500 anos de folia – 100% ao vivo” (1999).
Em 2000, lançou o CD “500 anos de folia vol. 2″. Nesse mesmo ano, participou da trilha sonora da novela “O cravo e a rosa” (Rede Globo), interpretando a canção título da novela da TV Globo.       

Jair Rodrigues e a esposa, Claudine Mello
Gravou, em 2002, o CD “Intérprete” e em 2004, o CD “A nova bossa”, contendo principalmente regravações do repertório da Bossa Nova, além de “Falso amor/Fake love” (Jair Oliveira). Participaram do disco os músicos Paulinho Dáfilin (guitarras) e Marcelo Maita (piano).
Em 2005, lançou o CD “Alma negra”, contendo canções de Paulo Dafilin, Monsueto, Zé da Zilda, Haroldo Lobo, Evaldo Gouveia e Carlos Cola, Martinho da Vila e Hermínio Belo de Carvalho, entre outras. O disco contou com a participação especial da filha Luciana Mello na faixa-título, composição de Lula Barbosa.     
                                                                                                                                                  Jair Rodrigues e os filhos Jair Oliveira e Luciana Mello



Em 2006, foi lançado o DVD “Jair Rodrigues – Programa Ensaio – Brasil 1991″, mais um título da série de programas apresentados por Fernando Faro, no qual o cantor, além de longo depoimento, interpreta canções de seu repertório, acompanhado pelos músicos Cesar Barriga (teclados), Luiz Carlos de Paula (surdo), Luiz Carlos Xuxu (cavaquinho) e Jacaré (pandeiro).
Ainda em 2006 foi o Artista homenageado no 4º Prêmio Tim de Música, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Recebe em 2006, indicação ao Prêmio Grammy Latino, na categoria Álbum de samba Brasileiro com o Álbum “Alma Negra”.

                                                               Discografia                                                                              - Vou de samba com você (1964)
                                              - O samba como ele é (1964)
- Dois na Bossa – Elis Regina e Jair Rodrigues (1965)

- O sorriso do Jair (1966)

- Dois na Bossa nº 2 – Elis Regina & Jair Rodrigues (1966)

- Dois na Bossa nº 3 – Elis Regina & Jair Rodrigues (1967)

- Jair (1967)

- Menino rei da alegria (1968)

- Jair de todos os sambas (1969)

- Jair de todos os sambas nº 2 (1969)

- Talento e bossa de Jair Rodrigues (1970)

- É isso aí (1971)
- Festa para um rei negro (1971)
- Com a corda toda (1972)
- Orgulho de um sambista (1973)
- Abra um sorriso novamente (1974)
- Jair Rodrigues dez anos depois (1974)
- Ao vivo no Olympia de Paris (1975)
- Eu sou o samba (1975)
- Minha hora e vez (1976)
- Estou com o samba e não abro (1977)
- Pisei chão (1978)
- Antologia da seresta (1979)
- Couro comendo (1979)
- Estou lhe devendo um sorriso (1980)
- Antologia da seresta nº 2 (1981)
- Alegria de um povo (1981)
- Jair Rodrigues de Oliveira (1982)
- Carinhoso (1983)
- Luzes do prazer (1984)
- Jair Rodrigues (1985)
- Jair Rodrigues (1988)
- Lamento sertanejo (1991)
- Viva meu samba (1994)
- Eu sou… Jair Rodrigues (1996)
- De todas as bossas (1998)
- 500 anos de folia-100% ao vivo (1999)
- 500 anos de folia vol. 2 (2000)
- Intérprete (2002)
- A nova bossa (2004)
- Alma negra (2005)
                                             - Jair Rodrigues – Programa Ensaio                                                     – Brasil 1991 (CD e DVD, 2006)- Festa Para Um Rei Negro (CD e DVD), 2009   
Jair Rodrigues e Elis Regina, parceira eterna 
                                                                                                                                                                                                 Um texto de Regina Echeverria apresentando o livro “                                                                                                                                                                                                      Jair Rodrigues: Deixa que digam que pensem que falem “:
Jair Rodrigues começou sua carreira em 1957, atuando com o “crooner”no interior de São Paulo. Em 1960 já estava na capital participando de programas de calouros e cantando em diversas casas noturnas paulistas. Dois anos depois, gravaria seu primeiro disco, lançado pela gravadora Phillips, com destaque para a música O Morro Não Tem Vez de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Em 1964 emplacaria o sucesso Deixa Isso Pra Lá em todo o Brasil. Em 1965 surge a dupla “Jair e Elis”. Contratados pela TV Record como apresentdores do programa O Fino da Bossa, gravaram ao vivo no teatro Paramount em São Paulo e entraram definitivamente para a história da MPB. Disparada de Geraldo Vandré e Téo de Barros, rendeu a Jair Rodrigues o primeiro lugar no Festival da Record em 1966, dividindo o prêmio com A Banda de Chico Buarque. Desde então, Jair emplacara vários outros sucessos em todo Brasil assim como O Conde Tristeza Pega no Ganzá, O Menino da Porteira, Boi da Cara Preta e Majestade o Sabiá. Jair Rodrigues sempre excursionou por todo Brasil e apresenta também uma vasta experiência pelo exterior – Portugal, Alemanha, França, Suiça, Itália, América Latina, Estados Unidos e Japão – apresentando-se em teatros e eventos de renome como o “Olympia de Paris”, “Waldorf Astoria”, “Moun Treux Festival” e “San Remo Festival” entre outras.
Em setembro de 2012, Jair comemorou seus 50 anos de carreira com Luciano Quirino e Claudia Ohana:       
              E, em 2013, Jair também foi homenageado através da interpretação de Ícaro Silva em “Elis, A Musical”:       
Jair Rodrigues (Ícaro Silva) e Elis Regina (Laila Garin) no musical sobre a cantora
Matéria de março de 2014 no Estadão:       
                                                                                                                                                                 Uma reportagem da revista ‘Romântica’ de fevereiro de 1972:

 

                                                                                   
                                                               

O último trabalho de Jair foram os CDs “Samba mesmo”, volumes 1 e 2, lançados em março de 2014. No projeto, idealizado pelo filho Jair Oliveira, ele registra 26 canções que nunca tinha gravado, como “Fita amarela” e “No rancho fundo”, além de apresentar três inéditas. Na mesma época, participou do DVD comemorativo dos 30 anos de carreira de seu filho.
Leia mais clicando aqui.
Leia também (com vídeos):
A paixão de Jair Rodrigues pelo futebol
Um trecho:
Em seu primeiro disco, de 1962, Jair gravou duas músicas em homenagem à seleção brasileira que ganharia o bicampeonato no Chile naquele ano. Uma delas foi “Brasil Sensacional” e a outra “Marechal da Vitória”, de Alfredo Borba, homemagem a Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira naquela Copa. A segunda se tornaria um dos maiores sucessos no rádio aquele ano.
Em 1979, também no Fantástico, grava uma homenagem ao jogadores de futebol, destacando a dureza da profissão, apesar de toda a fama e dinheiro que eles conquistam.
Site oficial do cantor:
                                  WebSite Oficial  http://jairrodrigues.com.br/                                                                    

                                                                                       
                                                                                       
                                                                                    
                                                                                      
                                                                                     
                                                                                      

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